Com pouco mais de 1 ano do seu lançamento, o Cloudmonster continua sendo um modelo que desperta curiosidade entre corredores que ainda não o conhecem.

 

ON CLOUDMONSTER – SERIA O MELHOR ENTRE TODOS OS MODELOS DA MARCA SUÍÇA?: Desde que a suíça On Running iniciou sua operação no Brasil como subsidiária em 2018, a marca ganhou notoriedade entre a comunidade de corredores muito mais pelo design dos tênis que, particularmente acho muito bonitos, do que do ponto de vista tecnológico. 

O meu primeiro contato “indireto” com a marca foi em outubro de 2012 quando o triatleta profissional  australiano David Dellow chegou na 9ª colocação no Mundial do Ironman Havaí correndo com o modelo de competição Cloudracer na época. 

Foi uma bela vitrine para a marca, já que praticamente ninguém a conhece.

Já o contato direto com a marca e também com 2 modelos que foram o Cloudracer e o Cloudsurfer (1ª edição de ambos), aconteceu em março de 2013 quando eu me encontrei e conheci o suíço Caspar Coppetti, um dos fundadores da marca. 

Não somos amigos, porém desde essa época mantemos um bom contato e também nos encontramos em alguns eventos relacionados à corrida e triathlon.

E nessa 1ª experiência que tive correndo com o Cloudsurfer e o Cloudracer que o Caspar me entregou, eu não fiquei otimista com o Cloudsurfer, pois era extremamente pesado, a malha de cabedal com mês em tecido grosso e pouco respirável, e a batida era firme, diante dos modelos concorrentes da época. 

Por outro lado o modelo de competição Cloudracer, se destacava pelo cabedal transparente e respirável, não era seco de batida e tinha boa estabilidade. 

Desde então, já tive diferentes modelos da marca e, apesar de eu achar os modelos da On Running com design e visual mais bonitos do mercado, acredito que muitos corredores no Brasil compartilham do mesmo ponto de vista, já que a grande maioria acaba comprando para o uso casual e até para quem opte por usar no dia a dia de trabalho.

Boa parte dos modelos são preteridos com relação aos concorrentes diretos de outras marcas. 

Do ponto de vista comercial, este fator não é um grande problema, uma vez que no Brasil a On Running vem crescendo.

 

ON Cloudmonster: o melhor modelo da marca que já tive até o momento

 

Quando um tênis me atende muito bem, na maioria das vezes acabo comprando um 2º par da mesma edição. 

E foi o que ocorreu com o Cloudmonster. 

Quando foi lançado no Brasil no início de 2022, comprei um par e usei até um dos blocos do solado do pé esquerdo furar. 

E até então nunca tinha escrito nada sobre o tênis. Como o Cloudmonster continua na mesma edição e só teve atualização de cores, optei por comprar um novo par no começo do deste ano.

Sem dúvida é o modelo que eu melhor me adaptei e que acho diferenciado de calce, vestindo muito bem, e de batida já que não é nem muito macio e nem firme como vários modelos da marca. 

Mesmo a nova edição do modelo Cloudsurfer que está totalmente repaginado, e em virtude da nova composição de espuma, é o tênis mais macio da marca, não funcionou para mim. 

Ele me pressionou muito a região do calcanhar, gerando muito desconforto.

A malha de cabedal do Cloudmonster veste muito bem sem nenhuma sensação de atrito. 

Um detalhe que a marca pode melhorar nas próximas edições caso ele continue na coleção, é a colocação de alguma sobreposição na área medial interna da malha, para que ocorra um melhor suporte (veja a foto no final do artigo). 

Mesmo com esta pouca falta de suporte, o Cloudmonster não me coloca em uma condição de pronação durante a corrida, o que em alguns modelos esta pronação pode ocorrer em corredores neutros pela falta de suporte da malha de cabedal na área medial e também pela área medial do solado ser mais estreita. 

O sistema de amarração no formato de pequenas gancheiras, acredito que para este modelo funciona melhor, do que se furos padronizados. 

E eu que uso cadarço elástico nos meus tênis, no caso do Cloudmonster o cadarço ajusta muito bem no peito do pé em virtude das gancheiras citadas.

A lingueta se mantém no centro do peito do pé, graças as 2 tiras laterais que compõem a 1ª camada da malha. 

Este fator é outro ponto positivo, já que não ocorre o incômodo da lingueta correr para um dos lados durante a corrida. 

Com relação à entressola e solado, eu gostaria de ver duas pequenas mudanças nas próximas edições. 

A primeira seria a retirada do Speedboard, pelo fato de não gerar qualquer efeito de resposta na decolagem, o que deixaria o Cloudmonster algumas gramas mais leves. 

A segunda mudança que poderia ser feita, é alargar a área medial do solado, reduzindo o ângulo da curva do arco, o que aumentaria a estabilidade, principalmente para quem tem um pouco de pronação. 

Por fim o fator durabilidade do solado, para mim está ok, tomando por base o quanto durou o 1º par do Cloudmonster que foi em torno de 800 km. 

Sempre lembrando que o fator durabilidade pode variar de pessoa para pessoa.

Eu uso o Cloudmonster para treinos diários em diferentes distâncias. 

Não é um tênis que irá atender bem aos treinos de velocidade pelo simples fato de não ser um tênis de performance.

 

FICHA TÉCNICA

Categoria: Amortecimento

Pisada: Neutra

Drop: 6mm (34mm calcanhar / 28mm frente)

Peso: 301 gr – Tam 42 masc / 236gr – Tam 38 Fem

Preço: R$999,00

A malha de cabedal do Cloudmonster veste muito bem sem nenhuma sensação de atrito. 

Malha de cabedal não gera atrito aos pés e o bom sistema de amarração por gancheiras

 

ON CLOUDMONSTER: colocação de alguma sobreposição na área medial interna da malha, para que ocorra um melhor suporte

Falta uma sobreposição na área medial interna da malha para gerar mais suporte e segurança

 

Se a área medial fosse mais larga e menos curvada, geraria maior estabilidade

Se a área medial fosse mais larga e menos curvada, geraria maior estabilidade

 

ON CLOUDMONSTER – SERIA O MELHOR ENTRE TODOS OS MODELOS DA MARCA SUÍÇA?

O peso no tamanho 42