INCOMPARÁVEL COM O ANTECESSOR

OLYMPIKUS CORRE SUPRA 2: Eu confesso que não esperava muita evolução no Corre Supra 2, principalmente pelo fato do Corre Grafeno 3 ter superado as minhas expectativas não somente diante do Grafeno 2, mas principalmente com relação ao Corre Supra 1. 

Não há como comparar Corre Supra 1 com o 2. 

Só carregam o mesmo nome. 

O Supra 2 é outro tênis. 

Se o Supra 1 era um tênis “nada demais”, o Supra 2 mudou da água para o vinho no geral. 

O fato de ter evoluído muito não significa que esta edição atingiu a perfeição e não há nenhum fator do tênis que possa ser melhorado.

E com relação às atualizações vou descrever um pouco de cada parte do Supra 2 na minha percepção comparando-o com o antecessor. 

Começando pela malha de cabedal que está muito superior do que a malha do Supra 1. 

Eu não perguntei á ninguém da Olympikus em qual malha de cabedal de tênis que eles se inspiraram ou tiveram como referência para fazer a malha do Supra 2. 

Eu acho que a referência foi a malha de cabedal do Hoka Rocket X 2

São muito semelhantes. Particularmente acho que a Olympikus foi certeira na malha.

Respira muito bem e não gera nenhum tipo de atrito, fator que comigo ocorreu no Supra 1. 

Por curiosidade, fiz um teste que já fiz algumas vezes em outros tênis. 

Como ainda não corri com ele na chuva, no último treino antes de escrever este artigo, eu molhei o tênis em um bebedouro no parque em que corro, calcei e continuei correndo. 

O tênis gerou boa drenagem de água pela malha. 

O que eu faria como evolução futura nesta área da malha, seria colocar um colar de calce com (pouco) enchimento de espuma, para gerar mais suporte e segurança aos pés. 

Um tênis de competição com placa que atende muito bem com relação á este detalhe é o Saucony Endorphin Pro 4. 

Falando da entressola, o Supra 2 está com o perfil mais alto do que o antecessor, o que deixou o tênis mais macio (não significa mais mole), e na minha percepção e sensação, mais confortável de batida. 

O Supra 1 eu achava bem firme. 

Este fator de ser mais firme, não é defeito do tênis, e sim a característica de cada pessoa. 

Alguns corredores são adaptados á modelos “secos” de batida, outros preferem um tênis com batida firme mas não seca, e tem os que preferem os modelos com um pouco mais de maciez.

Eu não me adapto mais á modelos bem firmes ou secos de batida. 

Por exemplo, entre os Asics Metaspeed Sky e Edge, eu sou bem adaptado ao Sky, e o Edge que é bem firme de batida, não consigo usar. 

O mesmo ocorre com o Brooks Hyperion Elite 4 que na minha sensação é bem seco de batida. 

De novo, não é um defeito do tênis, e sim a característica e adaptação que cada corredor tem. 

Voltando ao Supra 2, além da altura de entressola que deixou o tênis mais macio, creio que a polaca de carbono está mais “ensanduichada” na espuma, contribuindo também com uma batida menos firme.

Eu senti o Supra 2 com melhor resposta com relação ao antecessor, e não senti diferença diante do fator estabilidade / instabilidade. 

Na minha percepção contínua estabilizando igual ao antecessor. 

E por último o solado que no asfalto seco trabalha bem com relação à grip e tração. 

Com asfalto úmido ou molhado (não encharcado), não dá muita segurança com relação ao grip, porém eu já falei muitas vezes sobre isso. 

Uma coisa é correr no asfalto molhado por exemplo do Parque Ibirapuera ou do Parque das Bicicletas que é onde vou mais, e outra coisa é correr no asfalto molhado de algum autódromo como o de Interlagos, onde a qualidade do asfalto é outra, sendo muito melhor. 

Em um asfalto de melhor qualidade, acredito que o grip e tração no molhado pode funcionar melhor. 

Se você que está lendo este artigo me perguntar se eu correria uma Maratona com o Supra 2, eu digo seguramente que sim se além dele as opções que eu tivesse para correr a prova fossem o Mizuno Rebellion (Low ou Pro 3), Nike Alphafly e Vaporfly (qualquer edição), o novo Hoka Cielo X1 2.0, Brooks Hyperion Elite 4. 

Não há problema algum com estes modelos citados. 

Com exceção do Brooks, os demais modelos não me atendem, seja por causa da geometria do tênis com relação ao desenho do meu pé e principalmente por causa da estabilidade. 

Em um tênis de competição o fator estabilidade para mim está em primeiro plano. 

E sobre o Brooks Hyperion Elite 4, ele tem a batida seca demais para o que estou adaptado.

Se você tiver a oportunidade de experimentar em uma loja, acho que vale como experiência e algum comparativo com o tênis de placa que você usa.

FICHA TÉCNICA:

Categoria: Competição

Pisada: Neutra

Drop: 6mm

Peso: 230gr – Tam 42

Preço: R$1.299,90

Malha de cabedal parecida com a do Hoka Rocket X 2 gera boa respirabilidade e não atrita nos pés
Mesmo com os pads internos no colar de calce, ainda falta um pouco de suporte aos pés
O peso no tamanho 42 masculino